sexta-feira, 26 de novembro de 2010

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA / FACULDADE DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA NACIONAL ESCOLA DE GESTORES DA EDUCAÇÃO BASICA
Cursista: Josely Oliveira Boaventura                Polo: 05
Título do projeto: Colegiado Escolar de Fato Participativo.
Escola: Colégio Dem. Est. Edvaldo Flores       Município: Potiraguá    
Rede: Estadual
Data: 27/11/2010

Relatório de Intervenção

Este relatório apresenta uma breve descrição das atividades realizadas a partir do projeto de intervenção intitulado “Colegiado Escolar de Fato Participativo”.  Esse órgão foi criado em várias escolas do Brasil, como resultado da ação do governo das esferas Federal e Estadual, a fim de assegurar uma gestão educacional mais democrática. Nas unidades escolares onde há um Colegiado Escolar atuante, além da gestão democrática dos recursos, é possível tomar decisões mais impessoais, assegurar transparência na administração dos recursos financeiros e estabelecimento de parcerias com a sociedade civil, que podem resultar em melhorias significativas para a escola e para o alunado.
A atuação dos membros do Colegiado da unidade escolar Colégio Democrático Estadual Edvaldo Flores, do município de Potiraguá estava comprometido, pois seus membros não sabiam ao certo quais eram suas atribuições, nem dispunham dos conhecimentos necessários para trabalharem.
Por conta, disso esse projeto de intervenção foi pensado e desenvolvido com base na metodologia de pesquisa – ação, a qual se fundamenta nos pressupostos conceituais estabelecidos por Thiollent (2003). Se mostra adequada aos estudos de organizações, tais como organizações escolares, em especial quando o problema tem no fator humano um componente forte, principalmente os decorrentes de motivação, aprendizado e mudança, conforme constatado na unidade escolar em questão.
As ações planejadas e desenvolvidas, bem como aquelas que não foram, seguem descritas a seguir.
QUADRO 1 – Ações planejadas e realizadas na intervenção


Ação

Responsáveis
Problemas encontrados na execução da ação e estratégias de intervenção
1 – Capacitação
Direção – Mariza e Josely
1 – Incompatibilidade de horários para realizar as ações, pois era preciso um horário comum aos participantes;
  -- Conciliação de horários para desenvolver as ações.
2 – Capacitação digital
Professor Alziro e aluno Jamerson
2 – Falta de computadores na escola.
   - Parceria com a comunidade local lan-house.
3 -  Buscar parceria na comunidade civil
3 – Diretora: Josely e colegiado escolar
Não houve problemas.
4- Criar espaço para o colegiado escolar se reunir
4 – Direção: Josely e Mariza e colegiado escolar
Não houve problemas.
5 – Buscar para o colegiado escolar um articulador
5 – Diretora Josely e colegiado escolar
Não houve problemas.


QUADRO 2 – Ações planejadas e não realizadas na intervenção

Ação

Responsáveis
Motivos pelos quais a ação não foi realizada
1 Capacitação do colegiado escolar
Direção Josely e Mariza
A ação foi realizada parcialmente.
2 Capacitação digital
Membro da comunidade local. – Gessi
A ação foi realizada parcialmente.
3 Avaliação do projeto
Direção Josely e Mariza e comunidade escolar.
Avaliou-se apenas as ações desenvolvidas.

4 leitura e fichamento de texto para a monografia
4 – Vice- diretora Mariza
Essa etapa será realizada posteriormente.
5 - Revisão do texto da monografia
5 – Vice - diretora Mariza
Essa etapa será realizada posteriormente.


QUADRO 3 – Ações não planejadas e realizadas na intervenção

Ação

Responsáveis

Recursos necessários
Como esta ação pode contribuir para alcançar o objetivo da intervenção?
1 – Aquisição de camisas para o colegiado escolar
2-Direção: Josely e Mariza
1 – Camisa para o colegiado
1 – Na organização divulgação e valorização e incentivo do colegiado escolar.
2 – Mobilização da comunidade escolar
2 – Colegiado escolar e direção
2 - Cartaz
2 – Contribui na melhoria da gestão participativa

Análise crítica do andamento da intervenção
          O trabalho desenvolvido na unidade escolar Colégio Democrático Estadual Edvaldo Flores, do município de Potiraguá, tinha como objetivo tornar o órgão mais participativo. No princípio das atividades, os membros do colegiado concordavam com todas as ações ou atos dos gestores da escola, não questionavam, não fiscalizavam as finanças, nem o cumprimento do PPP da escola, entre outras atividades que deveriam exercer. Isso ocorria porque os envolvidos nesse processo não sabiam manusear computadores, não conheciam as legislações educacionais que regiam a entidade e, portanto, se viam incapazes de atuar adequadamente.
Para sanar essa situação, os gestores da escola confeccionaram cartazes e espalharam na unidade escolar e em alguns estabelecimentos comercias, convocando os seus membros e comunidade geral para uma região acerca das funções concernentes ao Colegiado. A reunião foi bastante produtiva e resultou numa ação de parceria com a comunidade civil, por meio da qual foi possível adquirir camisas para os membros da entidade. Os tais depois de estarem devidamente vestidos com essa camisa, foram em sala de aula conversar com os alunos para torná-los cientes da existência do órgão e das funções que este passaria a desempenhar, a exercer na escola.
            Outra medida importante foi a criação de um espaço específico para o Colegiado na unidade escolar, assim como a iniciativa de convidar a comunidade civil e o Colegiado para uma reunião objetivando firmar parcerias e eleger um articulador, voluntário, o qual pudesse contribuir ativamente para fortalecer o Colegiado Escolar.  Essa reunião ocorreu com a presença de líderes religiosos de vários segmentos e membros da comunidade de Potiraguá. Ao fim da reunião, os participantes escolheram a professora aposentada, Gessi Maria Brito Santos, como articuladora e o pastor evangélico, José Orlando, da Assembléia de Deus, como vice. Os articuladores eleitos estabeleceram o compromisso de atuar de forma engajada para que o colegiado cumpra com sua função.
O passo seguinte foi a realização da capacitação digital, a qual a princípio ficou comprometida, por conta da quantidade insuficientes de computadores. Mas, o problema foi contornado mediante o estabelecimento de parceria com uma lan-house, cujo proprietário era professor Alziro Antônio Viana o que viabilizou a realização da ação que muito contribuiu na autonomia da busca de conhecimentos, das leis e funções.
            Por fim, a última ação desenvolvida foi uma reunião de capacitação na qual a legislação pertinente ao funcionamento do Colegiado foi lida e discutida pelos gestores da escola. Por fim, os participantes avaliaram o andamento das ações de intervenção e apontaram como aspectos positivos: a inovação do colegiado, o reconhecimento do Colegiado pelos alunos, pais, professores e demais membros da equipe escolar, capacidade dos membros para agir com autonomia e surgiu a proposta de criar o Grêmio Estudantil do colégio.
            Em resumo, as ações de capacitação desenvolvidas ajudaram os membros do Colegiado a entenderem melhor o papel de cada um e serviram para que eles venham de fato a atuar de forma mais autônoma.

Ações planejadas e realizadas para fortalecimento do Colegiado Escolar do Colégio Democrático Estadual Edvaldo Flores contempladas no Projeto de Intervenção: Colegiado Escolar de fato participativo

Mobilização da Comunidade

Busca de parceria

Busca de articulador para o Colegiado

Espaço para o Colegiado
Capacitação digital do Colegiado Escolar